UM POUCO DA HISTÓRIA

Universidade Internacional da Paz – Unipaz: somos muitos movimentos

Por Lydia Rebouças

“Não me arrependo do que fui outrora

Porque ainda o sou”

(Fernando Pessoa)

Partilharei sobre os movimentos que antecederam e desembocaram no nascimento e enraizamento da Universidade Internacional da Paz (Unipaz/DF) e da Fundação Cidade da Paz (FunCiPaz). 

Citarei alguns, consciente de que são muitos. Reconheço, nessa ancestralidade, muita cooperação, parceria, acolhimento e confiança. Honro e agradeço todos os passos que foram e continuam a ser dados.

Na Europa, Monique Thoenig criou a Universidade Holística de Paris, em 1979. Pierre e Jean-Yves Leloup uniram-se a Monique. No livro Rumo à Nova Transdisciplinaridade, Pierre partilhou: “Desde que Smuts lançou em 1926 as duas palavras, holismo e holístico, elas têm aparecido cada vez com mais frequência, especialmente associadas a uma nova “visão holística”, definida por Monique Thoenig como uma nova consciência para uma nova era”. Essa autora criou em Paris, em 1979, a primeira Universidade Holística.

No início dos anos 80, o Projeto Alvorada escrito em 1975 pelo arquiteto Luiz Gonzaga Scortecci de Paula tornou-se mais conhecido. O Projeto Alvorada previa a implantação de “núcleos agroecológicos autodeterminados, autossuficientes e autossubsistentes”. Inspirados por esse Projeto, muitos sonharam com a Alvorada, Cidade da Paz.

Em Brasília, em 1986, o Governador José Aparecido de Oliveira criou o Instituto de Tecnologia Alternativa (ITA-DF), com a participação de Fernando Lemos, Luiz Gonzaga Scortecci e Tetê Catalão, entre outros. O ITA-DF funcionava na Granja do Ipê. 

No dia 31 de outubro de 1986, no foyer do Teatro Nacional de Brasília, a Fundação Cultural do DF, dirigida por Reynaldo Jardim e pela Associação Educativa Psicossomática (AEPS) e presidida por mim, inauguraram o Projeto UniverCidade, pioneiro na abordagem holística em Brasília. O UniverCidade tinha o objetivo de promover um programa de educação integral da pessoa humana. O programa consistia na costura de técnicas terapêuticas, tradicionais ou alternativas, a práticas de expressão estética e ao desenvolvimento espiritual.

Fundei a Escola Casa do Sol em 1985. Quando o Projeto UniverCidade iniciou, a Casa do Sol passou a acontecer no Teatro Nacional de Brasília.

Fizeram parte do UniverCidade, Reynaldo Jardim, Vera e Tetê Catalão, Claúdio Caparelli, Ary Para-raios, Susan Bello, Raul de Xangô, Paulo Gaiarsa, entre outros. 

Roberto Crema sonhou e realizou o I Congresso Holístico Internacional de Brasília, de 26 a 29 de março de 1987. Durante o evento, o governador José Aparecido de Oliveira convidou Pierre Weil a presidir a futura Fundação Cidade da Paz. A instituição da Fundação Cidade da Paz (Funcipaz), mantenedora da Unipaz DF, aconteceu no dia 12 de setembro de 1987. O Governo do DF cedeu a área da Granja do Ipê para a Universidade Internacional da Paz (Unipaz). O ITA-DF já acontecia na Granja.

A inauguração da Universidade da Paz (Unipaz DF) deu-se no dia 14 de abril de 1988, numa bela cerimônia com a presença do Governador José Aparecido e Pierre Weil.

Pierre Weil trouxe uma narrativa sobre a re-união do Projeto UniverCidade com a Unipaz DF no livro Lágrimas de Compaixão: “Aconselhado pelo próprio governador fui procurar a professora Lydia Rebouças, que tinha montado duas instituições no Teatro Nacional. […] Um dos organismos era o Projeto UniverCidade, que já estava realizando seminários e encontros. O outro era a Casa do Sol, uma criação pessoal de Lydia, visando a uma nova educação com bastante amor. Era mais que evidente para o governador que o destino do projeto UniverCidade era o de se integrar à Universidade Holística, bem como a Casa do Sol. Lydia mostrou-se muito entusiasmada pela proposta”.

A partir do convite de Pierre Weil, a Fundação Cultural do DF e a AEPS entenderam que o UniverCidade poderia acontecer na Granja do Ipê. Para todos nós foi uma alegria, especialmente para as crianças da Casa do Sol, que passaram a desfrutar de um espaço com matas nativas e cachoeira.

A equipe administrativa do UniverCidade, coordenada por Maria Helena Eicher e Fábio Coelho, foi fundamental na implantação da Universidade Internacional da Paz (Unipaz). 

No documentário José Aparecido de Oliveira – o maior mineiro do mundo, 2019, dos diretores Mário Lúcio Brandão Filho e Gustavo Brandão, Roberto Crema e eu trazemos depoimentos sobre o grande abre-alas do movimento holístico e transdisciplinar, o governador José Aparecido.

Na Unipaz de hoje e de sempre, há uma palavra que define nosso sentimento em relação a todos esses movimentos: GRATIDÃO!

Lydia Rebouças é Educadora, Psicóloga e Vice-Reitora da Unipaz

Por Pierre Weil

Nasci numa família de três religiões em conflito entre elas, numa região fronteiriça de dois países, a França e a Alemanha, periodicamente em guerra, a Alsácia, mistura de duas culturas com duas línguas usadas nas conversas entre os meus pais.

Com 8 anos de idade eu brincava com os meus primos de criar a Associação Católica dos Judeus Protestantes a favor do Maometanismo Budista. Era minha maneira engraçada de reagir às tensões geradas pelos desentendimentos religiosos da minha família. Eu sonhei com a criação de uma escola com todos os métodos de educação a serviço da paz.

Cheguei à conclusão de que não foi por acaso que nasci nessa família contraditória e num lugar de lutas de fronteiras e também ter sido guerrilheiro da Cruz Vermelha para não matar ninguém. Eu fui preparado para ser o que me tornei aos poucos: um educador.

ANSEIO PELA PAZ E PELA PLENA CONSCIÊNCIA

Estamos no fim de 1980. A crise mundial está no seu auge com a permanente ameaça nuclear vinda da crescente tensão entre os dois blocos, o capitalista e o soviético. Muita gente morre ao tentar pular o Muro de Berlim e se refugiar na parte ocidental da cidade. O meu anseio pela paz mundial está no máximo. Eu gostaria de fazer algo de concreto. Escrevi ao meu primo e amigo, André Chouraqui, de Jerusalém, que na qualidade de vice-prefeito de Jerusalém e amigo pessoal do rei do Marrocos lançou as bases dos acordos de paz entre Israel e o Egito por meio dos acordos de Camp Davis.

Atendendo ao meu apelo para empreendermos algo em conjunto, eis o que ele me escreve, com carta datada de 1º de dezembro de 1980: É claro para mim que, tal como você, eu penso em uma possível ação, de envergadura internacional, a fim de tentar reagir contra as tendências suicidas do nosso tempo, mas não sei como nem com quem empreendê-la para que ela tenha, de saída, algumas chances de credibilidade. Talvez os tempos ainda não tenham chegado. Quando chegarem, eles ditarão por si mesmos a forma de agir. André Chouraqui

Esse trecho de carta deve traduzir o sentimento de impotência de muitos líderes e formadores de opinião da época. Sei que traduz o meu próprio sentimento. Então, resolvi dar tempo ao tempo e aguardar os sinais dentro de um ato de confiança: abertura para o que der e vier.Só me restava, por conseguinte, decidir fazer a minha parte possível e ao alcance das minhas modestas possibilidades, isto é, cuidar do desvelar da plena consciência e da paz em mim mesmo e nos outros.

Eu cheguei à certeza da possibilidade de termos acesso à nossa verdadeira natureza e tinha seguramente dados os primeiros passos nessa direção

UM ENCONTRO MARCANTE

Durante os últimos meses do retiro tibetano de 3 anos, 3 meses e 3 dias, recebi duas comunicações importantes, que não sei como chegaram às minhas mãos. A primeira foi a notícia da existência, em Paris, de uma universidade holística. O nome holístico, do grego holos, “o Todo”, agradou-me demais. Intuitivamente, senti que a palavra holística era um resumo do Dharma na vida moderna. Um conceito em torno do qual todas as religiões e ideologias filosóficas e espirituais podiam encontrar um denominador comum, conservando, porém, a sua identidade própria.

Como eu tinha chegado à conclusão, lá pelo final do retiro, de que o absoluto e o relativo, o pessoal e o transpessoal, não podiam ser dissociados, a solução dessa última dualidade estava na palavra holística, que para mim significava a integração das psicologias pessoal e transpessoal. Esse último ramo da psicologia tinha nascido, para mim, do próprio movimento de fragmentação que está atingindo todas as ciências e disciplinas, mais especialmente nos Estados Unidos, onde a psicologia transpessoal tinha nascido, em 1969. Escrevi para a fundadora, Monique Thoenig, uma psicóloga transpessoal,que praticamente havia lançado o movimento transpessoal na França e na Europa, convidando os seus expoentes — como Stan Grof, Fritjof Capra, Marilyn Ferguson, Stanley Krippner — para realizarem os primeiros seminários sobre o assunto na França.

Ela me respondeu que gostaria de me conhecer, principalmente porque não tinha mais força para levar essa universidade sozinha, em Paris, por uma questão de resistência física. Acabei marcando um encontro com ela em Bordeaux, que ficava a duas horas de trem de Perigueux, onde eu estava.

A segunda comunicação que recebi foi de um encontro transpessoal organizado por Jean Yves Leloup, cujo tema era “Novas medicinas e psicologias transpessoais”. O assunto me agradou e Jean Yves Leloup respondeu muito entusiasmado, pois já me conhecia de nome pela minha tese de doutorado, Esfinge e pelo meu livro A mística do sexo, ambos publicados em Paris. Ele convidou-me para apresentar um trabalho sobre o tema. O lugar do congresso era o Centre International de la Sainte-Baume, dirigido por Jean-Yves Leloup e hoje extinto.

Em 9 de julho de 1985, resolvi abrir a Bíblia ao acaso para saber se eu tinha mesmo uma missão. Eis a resposta:

Passai, passai pelas portas,

preparai um caminho para o meu povo,

construí, construí a estrada, removei as pedras.

Isaías 62.10

Não seria possível obter uma resposta mais clara! Eu tinha mesmo é que sair pela porta do retiro e preparar os meus seminários, apontando caminhos, construindo estradas e removendo obstáculos à descoberta da verdadeira natureza do Espírito. Pois eu tinha de me preparar para essa missão e retomar contato com o mundo exterior, do qual eu fiquei cortado completamente durante os anos no retiro.

Fui à estação comprar minha passagem de trem para ir a Bordeaux conhecer Monique Thoenig. Quando cheguei à estação, só me restou pegar a minha mala, despedir-me da minha amiga e, correr para pegar o trem já em marcha para Bordeaux!

Ao chegar em Bordeaux, no cais, vi uma mulher bastante elegante, mas vestida com simplicidade, com um lenço azul segurando os cabelos para protegê-los do vento. Os seus olhos azuis irradiavam aquele brilho de uma luz que só uma espiritualidade profunda dá às pessoas. Logo reconheci a Monique.

Nossos olhares se cruzaram e estabeleceu-se de imediato uma corrente de simpatia mútua e de amizade espontânea, como se fosse um reconhecimento de almas irmãs. Com a alegria contagiante desse encontro, ela levou-me para a casa dela, que era uma casa de veraneio para ela, seu marido e seus filhos, começamos a conversar e trocar experiências.

Em relação à universidade holística da qual é a fundadora, ela me mostrou muitos folders que comprovavam uns dez anos de incessantes realizações de seminários e encontros de várias autoridades ligadas a uma nova visão não-fragmentada e holística da realidade, que já citei anteriormente.

Ela me explicou a sua conceituação dessa universidade como sendo o que ela chamava um “Espaço Consciência”. Devo reconhecer que naquela época eu não entendia como uma universidade poderia ser um espaço consciência, apesar dos meus 25 anos de estudos transpessoais e de três anos de retiro com os tibetanos. Hoje entendo melhor o que ela queria dizer, depois do desenvolvimento da Internet. Fala-se muito hoje em universidade virtual, que não tem instalações, nem prédios, mas onde todo mundo aprende com todo mundo. O seu trabalho era primoroso e os folders de uma qualidade e sensibilidade excepcionais.

Mais tarde, já em Paris, Monique me fez visitar o seu câmpus, situado numa cobertura, com 20 metros quadrados e uma vista linda sobre o Sena e a Torre Eiffel. Havia ali um arquivo, um fichário, uma pequena biblioteca e mais nada. Para os seminários, lançava mãos dos inúmeros locais e salas que existem na capital da França.

Era realmente um espaço de consciência!…

Monique confidenciou-me, então, que estava exausta e com pouca energia para continuar. Ela queria simplesmente fechar a universidade. Eu, que tinha em mente uma imagem nítida do imenso potencial que esse organismo representava, não somente para a França, mas para o mundo, e mais particularmente para o Brasil, respondi com bastante veemência que achava que ela devia adiar essa sua decisão até que eu encontrasse uma solução. Eu me sentia cheio de energia para trabalhar em prol da continuidade da obra.

Falei, então, que eu iria conhecer o então padre dominicano, Jean Yves Leloup em seu Centre International de la Sainte-Baume

Jean-Yves Leloup fez do Centre International de la Sainte-Baume, um lugar ecumênico. Ali o teólogo judeu André Chouraqui traduziu os Salmos para sua nova versão da Bíblia. Ali passaram também mestres de Ioga hindus e budistas tibetanos. Ciência, filosofia, arte e tradições espirituais se encontravam a fim de procurar o que as unia.

Expliquei para Jean-Yves Leloup a situação de Monique, que ele conhecia de nome, e da possibilidade de transferir a universidade holística para la Sainte-Baume. Ele aceitou a minha proposta de um encontro de nós dois com Monique, em Paris.

Algumas semanas depois, estávamos reunidos no “câmpus” de Monique que descrevi acima. Quando Monique explicou o seu cansaço e a vontade de fechar a universidade, Jean-Yves confessou a mesma coisa; ele também estava exausto por se dividir constantemente entre la Sainte-Baume e suas viagens para dar palestras, então sugeriu a criação da Universidade Holística Internacional no lugar da Universidade Holística de Paris.

Eu mal sabia que essa Universidade Internacional não ficaria na França, mas seria transferida para Brasília… Ao rever os eventos e sua sucessão, fica para mim evidente que o jogo já estava marcado, de cima… Como costumo dizer, somos teleguiados.

Tomamos a decisão de realizar um primeiro seminário sobre o tema da Aliança, em la Sainte-Baume. A organização prática do seminário coube à administração de la Sainte-Baume. Convidamos Michel Random e Basarab Nicolescu, que além de terem já participado de outros seminários da universidade em Paris, foram os líderes da declaração de Veneza da Unesco, na qual nos inspiramos, introduzindo as recomendações referentes à transdisciplinaridade. Também vieram André Chouraqui, de Jerusalém; Denise Dejardin e Anne Ancelin Schutzenberger.

Começamos a visitar castelos abandonados ou arrendados para seminários, pensando em instalar fisicamente a nossa universidade num lugar adequado, na natureza, perto de Paris ou na Provence. Nem adianda contar os detalhes. De fato, nada deu certo. Foi então que os ventos mudaram para o Brasil

A UNIVERSIDADE HOLÍSTICA DE BRASÍLIA

Eu sonhei com a criação de uma escola com todos os métodos de educação a serviço da paz. Quase sessenta anos depois, quando eu já tinha abandonado toda veleidade nesse sentido, esse sonho se realizou da maneira mais inesperada.

Enquanto havia obstáculos intransponíveis para a instalação da universidade na Europa, aconteceram uma série de fatos e eventos que me levaram a me deixar guiar pela corrente mais forte e mais positiva. Devagarzinho, eu aprendi que uma das formas de ler o livro da vida é ir na direção onde algo está lhe facilitando as tarefas e, sobretudo, não insistir nas direções onde tudo conspira contra.

Aos poucos ficou evidente que a corrente positiva apontava para o Brasil. Vou reconstituir aqui a essência da história da Universidade Holística de Brasília e da Fundação Cidade da Paz.

Um dos eventos principais que desencadearam todo o processo foi quando, na mesma época, recebi dois convites

Os acontecimentos essenciais se deram em Brasília começaram em 1986.

Eu não conhecia o governador de Brasília, José Aparecido de Oliveira, que me recebeu efusivamente e me falou de um projeto de criação da “Cidade da Paz”, um lugar onde as correntes filosófico-espirituais de Brasília pudessem se encontrar. José Aparecido de Oliveira me convidou para integrar uma comissão do Governo do Distrito Federal e, posteriormente, para assumir a responsabilidade de presidir e estruturar a Cidade da Paz, título dado a Brasília pelo Conselho Mundial da Paz de Helsinque.

Apresentei o projeto da Universidade Holística Internacional e que uma das fontes de inspiração era a Declaração de Veneza da Unesco, que acabava de ser divulgada em Paris.

Expliquei que esse documento proclamava que a ciência não podia mais assistir impassivelmente às aplicações irresponsáveis das suas descobertas, e que havia chegado o momento de estabelecer um encontro complementar, e não oposto, entre ciência, arte, filosofia e as grandes tradições culturais da humanidade.

Nessas minhas idas a Brasília, conheci de perto o meu amigo Roberto Crema. Eu o havia encontrado pela primeira vez num congresso de análise transacional, em Belo Horizonte, em que eu havia submetido a ele algumas ideias a respeito das relações da Análise Transacional e da Psicologia Transpessoal.

Algum tempo antes do convite de José Aparecido, Roberto Crema convidou-me para presidir e organizar junto com ele o Primeiro Congresso Humanista e Transpessoal do Brasil. Pensei muito antes de responder, e me lembrei que o movimento transpessoal tinha suplantado o movimento humanístico a partir de 1969. Pensei também na experiência do meu retiro em que não se podia dissociar o pessoal do transpessoal, o que aliás, era também a postura de Monique, para quem holístico significava “ o encontro do pessoal e do transpessoal”. Roberto Crema, por ser bastante aberto, embora tivesse acalentado essa ideia desde os tempos do meu retiro, se rendeu aos meus argumentos e aceitou a ideia de um congresso holístico.

Eu não me dava conta, nessa época, que com essa decisão a gente estava criando a Quinta Revolução na Psicologia. Na Realidade estávamos lançando as sementes para apoiar o movimento transdisciplinar de Basarab Nicolescu e da Unesco.

No dia 26 de Março de 1987 realizamos o primeiro Congresso Holístico Internacional com mais 1000 inscritos. O tema foi centrado nas origens da destruição da vida no Planeta, a fragmentação do conhecimento, a Declaração de Veneza da Unesco e a necessidade urgente da implantação da Transdisciplinaridade nas Universidades do Mundo.

A CONCRETIZAÇÃO DO SONHO

Pois até hoje a nossa universidade é um canteiro de obras. A obra começou pelo lançamento da Fundação Cidade da Paz, cujo objetivo seria o de criar, manter e administrar a futura Universidade Holística Internacional de Brasília.

A Fundação Cidade da Paz foi lançada em 12/09/1987. Uma celebração inesquecível, em que estiveram presentes o ministro José Israel Vargas, presidente do Conselho da Unesco, todos os ministros do Supremo Tribunal, Márcia Kubitschek, Oscar Niemeyer, além do governador José Aparecido de Oliveira, que leu a seguinte mensagem mandada por Lúcio Costa para o evento:

O pretendido (a Fundação Cidade da Paz),

é como o nascer do sol.

Independe da nossa permissão.

É a lei natural das resultantes convergentes…

E será útil no sentido de propiciar essas convergências.

Lúcio Costa

12-9-1987

Estavam assim lançada a fundação independente de ideologias políticas ou religiosas e tendo como princípios de base os da Declaração de Veneza da Unesco. Para sua instalação, foi concedido, em contrato de uso do solo, a Granja do Ipê, sítio de grande beleza inserido no cerrado, com cachoeira, flora e fauna nativas. Um lugar histórico de Brasília, ex-casa civil da Presidência da República.

Assinados os documentos, começou a grande aventura de montar uma nova universidade para o terceiro milênio.

A INSTALAÇÃO DA UNIVERSIDADE HOLÍSTICA INTERNACIONAL DE BRASÍLIA

Monique Thoenig, com a sua visão profética, ao saber no Congresso de Brasília da criação da universidade, declarou que nossas atividades deviam começar e dar prioridade às crianças e aos pobres. É exatamente a orientação que dei para o início das nossas atividades. Aconselhado pelo próprio governador, fui procurar a professora Lídia Rebouças, que tinha montado duas instituições no porão do Teatro Municipal, num lugar meio sinistro, sem ar nem sol, embora pintado de branco e bem-cuidado. Um dos organismos era o Projeto UniverCidade, que já estava realizando seminários e encontros. O outro era a Casa do Sol, uma criação pessoal de Lídia, visando a uma nova educação com bastante amor.

Era mais que evidente para o governador que o destino do projeto UniverCidade era o de se integrar à Universidade Holística, bem como à Casa do Sol. Lídia Rebouças mostrou-se muito entusiasmada pela proposta. Para crianças, o lugar era ideal.

Na semana seguinte, a Casa do Sol mudou-se para a Granja do Ipê. Lídia passou a morar num dos alojamentos da residência. Era um gesto de coragem, pois, à noite, a granja ficava muito isolada. Mas Lídia tinha a mesma fé e paixão que eu pela proposta. Depois de algumas semanas, decidi também me mudar para lá e encerrar a fase mineira da minha existência no Brasil. Iniciei a fase brasiliense.

A INAUGURAÇÃO DA UNIVERSIDADE HOLÍSTICA INTERNACIONAL

Em 14 de abril de 1988 foi realizada a cerimônia de inauguração oficial da Universidade Holística internacional de Brasília. Na presença do governador José Aparecido e do presidente do Conselho da Unesco, o professor José Israel Vargas, foi desvelada a placa comemorativa do evento com a citação do preâmbulo do ato institutivo da Unesco:

“As guerras nascem nas mentes dos homens.

Logo é na mente que precisam ser erguidos os baluartes da Paz.”

Esse lema muito nos inspirou na nossa ação educativa. A fim de simbolizar o encontro das tradições espirituais, um dos objetivos da universidade, pedimos ao padre salesiano e ao representante do candomblé, Raul de Xangó, para descerrarem a placa. Todos ficaram emocionados pela beleza e pelo profundo significado desse gesto. E eu, mais uma vez, lembrei-me da pluralidade religiosa e dos conflitos da minha infância.

À noite, realizou-se uma festa memorável à luz de velas, pois o salão de baixo só tinha uma lâmpada pendurada num fio no meio da sala, o que nos dava um atestado de pobreza absoluta e muito bem justificada… A independência política tem o seu preço!

A 1ª TURMA DE FORMAÇÃO HOLÍSTICA DE BASE

Foi em Belo Horizonte, num curso de formação em Cosmodrama realizado no Salão de Encontro de Noemy Gontijo, que passei ao planejamento da Formação Holística como tarefa prática, que consistia em adaptar o referido planejamento à realidade brasileira e à estrutura do Cosmodrama. Deste curso faziam parte, entre outros, Roberto Crema, Lydia Rebouças, Luiz Montezuma, Flávio e Sandra Rodrigues da Silva, Orestes Diniz Neto e Betty Clark.

Na Granja do Ipê em 14 de abril de 1989, sob o impulso de Roberto Crema, estruturou-se, a Formação Holística de Base e iniciou-se a primeira turma com mais de cento e cinquenta candidatos.

A Formação Holística de Base na Abordagem Transdisciplinar está se mostrando, através destes anos de fecunda atuação, um poderoso método de transformação no sentido de despertar uma nova consciência. Para cada um dos Aprendizes há a pessoa antes e depois da Formação: maior compreensão de si mesmo, dos outros e sobretudo do significado desta nossa existência; maior tolerância, paciência e amor; tais são, sem dúvida, os frutos colhidos por muitos participantes. Estamos possibilitando o surgimento de “Mutantes”, os catalisadores da evolução. Alguém que, através de sua mudança, provoca mudanças externas.

Histórico dos Congressos

Iniciado em 1987, o primeiro Congresso da UNIPAZ foi uma resposta quase imediata à Declaração de Veneza, após reunião da UNESCO, em 1986, que enfatizou a necessidade de novos métodos educacionais transdisciplinares, através do reencontro das ciências, artes, filosofias e tradições espirituais.

Os Congressos promovidos pela UNIPAZ constituem um dos mais relevantes eventos do mundo relacionados à abordagem transdisciplinar holística e sempre contou com a participação de importantes personalidades de diversos países. A história da UNIPAZ pode ser contada a partir de encontros com Amit Goswami, Basarab Nicolescu, Craig Gibsone, Elizabeth Kübler-Ross, Háj Ross, Harbans Lal Arora, Jean-Yves Leloup, John Wood, Lama Chagdud Tulku Rinpoche, Marilyn Ferguson, Mestre Liu Pai Lin, Mestre Woo, Monique Thoenig, Pierre Weil, Radha Burnier, Ramón Soler, Rupert Sheldrake, Stanislav Grof, Stanley Krippner, Sister Jayanti e Susan Andrews.

Entre os brasileiros, nomes como Bené Fonteles, Caetano Veloso, Elba Ramalho, Fagner, Francisco Di Biase, Frei Betto, Herbert de Sousa (Betinho), Gilberto Gil, José Hermógenes, Kaká Werá, Leonardo Boff, Lia Diskin, May East, Milton Santos, Odete Lara, Roberto Crema, Roberto Shinyashiki, Rose Marie Muraro, Rubem Alves, Ubiratan D’Ambrosio e Zuenir Ventura incluem-se ao lado de muitos outros agentes da Cultura de Paz.

I Congresso Holístico Internacional | 1987

O I Congresso Holístico Internacional (I CHI) e o I Congresso Holístico Brasileiro foi realizado no ano seguinte à Declaração de Veneza, em 1987. Foi o primeiro encontro transdisciplinar centrado no novo paradigma holístico.

“A visão holística: para além das fronteiras do conhecimento” foi seu tema central. Ciência e Consciência deram-se as mãos nesse evento, que reuniu mais de mil e duzentas pessoas dos mais diversos recantos do País e do mundo. Entre as presenças marcantes e atuantes, destacaram-se: Jean-Yves Leloup, Monique Thoenig, Pierre Weil, Andre Chouraqui, Ubiratan D’Ambrósio, Michel Random, Stanley Krippner, John Wood, Ramón Soler, Vera Kohn, Nicole Buloze, Stacey Mills, Carlos Byington, Murillo Nunes de Azevedo, Radha Burnier, Rose Marie Muraro, Martinez Bouquet, Claudio Naranjo, Mestre Woo e Richard Hoffmann. O resultado do I CHI foi a formalização da “Carta de Brasília” e a criação da Fundação Cidade da Paz, mantenedora da UNIPAZ. Fotos aqui.

II Congresso Holístico Internacional | 1991

Após o I CHI, a cidade de Jerusalém havia sido escolhida para ser a sede para o segundo evento. Entretanto, devido à guerra no Oriente Médio, a cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais, foi escolhida para sediar o Encontro, que reuniu novecentos participantes.

Ocorrido entre os dias 8 a 13 de julho de 1991, no Minascentro, com o tema “Construindo um Paradigma para o Ano 2000”, o Congresso reuniu nomes como Monique Thoenig, Pierre Weil, Roberto Crema, Elisabeth Kübler- Ross, Manfred Max-Neef, Abelardo Brenes, Ubiratan D’Ambrosio, Odete Lara, Rose Marie Muraro, Stephen Nachmanovitch, Carlos Byington, Francisco Di Biase, José Hermógenes, Lia Diskin, Borisas Cimbleris, Robert Happé, Harbans Lal Arora, Philip Snow Gang, Háj Ross, Duilio Cartocci, Cristovam Buarque, José Maria Martins, Orestes Diniz Neto, entre outros.

Nesse encontro em Belo Horizonte, consolidou-se o trabalho iniciado no I CHI e seus resultados contribuíram para enriquecer a reflexão e a experiência dos atores da construção do novo tempo. Um dos seus frutos foi o livro “Ciência, Educação e Ecologia”.

III Congresso Holístico Brasileiro e I Congresso Holístico Pan-americano | 1992

No ano seguinte, 1992, entre os dias 14 a 19 de setembro, a cidade de Canela no Rio Grande do Sul recebeu o III Congresso Holístico Brasileiro e o I Congresso Holístico Pan-americano. Com o tema “A Nova Aliança para o Terceiro Milênio”, seu propósito central foi de incentivar a cooperação científica nacional e pan-americana, indicando novas direções para a sociedade, congregando cerca de oitocentos participantes.

Com o foco na temática transdisciplinar da consciência e do despertar de um novo ser humano, contou com Pierre Weil, Martha Vecchio, Alfredo Aveline, Antonio Azevedo, Elisabeth Cruz, Isabel Ibias, Jane Klein, Ricardo Lindemann, José Fonseca, Universina Ramos, Mauro Pozatti, Silvana Zanella, Márcia Tabone, Otávio Rivas Solis, Roberto Crema, Roberto Ziemmer, Waldemar Helena, entre outros. Conferências magnas, simpósios, holopráxis, mesas redondas, palestras, vivências e celebrações holísticas compuseram o encontro, cujas conclusões foram sintetizadas na Carta de Canela.

IV Congresso Holístico Brasileiro e III Congresso Holístico Pan-americano | 1993

Em 1993, a Baía de Todos os Santos, Bahia, recebeu com todo o seu axé o IV Congresso Holístico Brasileiro e o III Encontro Holístico Panamericano. Na ocasião, também foram realizados o II Encontro Nacional Holístico de Crianças e Jovens e a I Conferência Internacional de Reitores e Educadores para a Paz e o Meio Ambiente, envolvendo cerca de mil participantes.

A sua ampla temática abrangeu a arte, o corpo, a terapia integral, a meditação, a consciência e a sabedoria sapiencial. Mãe Stela, Gilberto Gil, Caetano Veloso, João Eurico Matta, Juca Ferreira, Mestre Liu Pai Lin, Robert Muller, Abelardo Brenes, Pierre Weil, Sister Jayanti, Octavio Rivas Solis, Juan José Tapia, Craig Gibsone, May East, Harbans Lal Arora, Martha Vecchio, Vera Arora, Mechthild Scheffer, Jaime Treigger, Robert Muller, José Lutzemberger, Miguel Enriquez, Cristovan Buarque, Ken O’Donnell, Lia Diskin, Nilton Bonder, Arnoldo Hoyos, Bené Fontelles, Sônia Café e Neyde Marques estiveram entre os conferencistas convidados.

V Congresso Holístico Brasileiro e IV Congresso Holístico Pan-Americano | 1995

Entre os dias 9 a 12 de novembro de 1995, o Rio de Janeiro sediou os congressos, aos quais também se somou o III Encontro Nacional Holístico de Crianças e Jovens. O objetivo primordial foi “ultrapassar os conceitos limitativos que geram a fragmentação do conhecimento” nas palavras de seu presidente de honra, Pierre Weil.

Centrado no tema “Paz, tolerância e cidadania mundial” a arte do encontro permeou toda a programação: Encontro com a Solidariedade, com a participação de Herbert de Souza (Betinho) – que recebeu o Prêmio da Paz; Encontro com o Compartilhar, com nomes como Stanislav Grof, Ubiratan D’Ambrosio, Stanley Krippner, Lia Diskin, Arthur da Távola, Roberto Shinyashiki, Juan José Tapia, Manuel Ribeiro de Carvalho; Encontro com a Sabedoria, com Frei Betto; Encontro com o Equilíbrio, com Stanley Krippner; Encontro com a Conspiração, com Marilyn Ferguson; o Encontro com a Harmonia, com Leonardo Boff; entre uma série de outros, com outras participações como Zuenir Ventura, José Roberto Witaker Penteado, Diane Haug, David Gordon e Arnoldo Hoyos Guevara, Maria da Glória Sobrinho.

Este Congresso, que reuniu mais de mil participantes, resultou na declaração: “O Fim desta década está nas mãos dos dispostos a agir”.

VI Congresso Holístico e Transpessoal Internacional | 1997

Com o tema “Cultivando uma Cultura de Paz”, Águas de Lindóia, em São Paulo, recebeu de 4 a 7 de setembro de 1997 o VI Congresso Holístico e Transpessoal Internacional, conjuntamente com o VI Congresso Holístico Brasileiro, o III Congresso Holístico Internacional, o I Congresso Luso-Brasileiro de Transpessoal e o II Congresso Brasileiro de Transpessoal. Além destes, no dia 3 de setembro foi realizado um simpósio pré-Congresso, com o tema “Gestão da Crise e da Mudança”.

Os eventos reuniram mais de novecentos participantes. Na programação, personalidades como Stanislav Grof, Milton Santos, Ubirtan D’Ambrosio, Pierre Weil, Roberto Crema, Fei Betto, Lama Gangchen Tulku Rimponche, John Wood, Jean-Yves Leloup, Carlos Bouquet, Consuelo Pena, Joel Giglio, Doucy Douek, Lídia Rebouças, Roger Woolger, Gislaine D’Assumpção, Leonardo Boff, Rubem Alves, Boris Casoy, Suryavan Xolhar, Swami Deva Manik, Joel Giglio, Ruth Kelson e Amit Goswami, May East, Craig Gibsone, Carminha Levy, Gislaine D’Assumpção, Theda Basso, Aidda Pustilnik, Lala de Heinzelin, Pai Lin, Vera Saldanha, entre outras.

VII Congresso Holístico Internacional | 1999

A mais antiga comunidade do mundo baseada em valores espirituais, Findhorn, na Escócia, foi sede de um congresso holístico internacional da UNIPAZ centrado no tema “Um clamor holístico pela paz”. A um passo do terceiro milênio, o Congresso ocorreu entre os dias 3 a 10 de abril de 1999.

Ali se reuniram Pierre Weil, Joycelin Dawes, James Twyman, Stuart Hill, José Lutzemberger, Wangari Maathai, Dorothy Maclean, Roberto Crema, Simon Weber, Lama Yeshe Losal, Danah Zohar, Sister Elaine Macinnes, Doroth Maclean, Carminha Levy, Wangari Maathai, Vandana Shiva, May East, Craig Gibsone, entre outros, congregando mais de duzentos participantes de todo o mundo.

VIII Congresso Holístico Internacional | 1999

Com o tema “Rumo ao Terceiro Milênio: a transformação pelo amor”, o congresso foi realizado no mesmo ano que o evento de Findhorn, entre os dias 20 a 23 de outubro de 1999, em Fortaleza, Ceará. Conjuntamente, também ocorreu o IV Encontro Nacional Holístico de Crianças e Jovens.

Pierre Weil, Susan Andrews, José Hermógenes, Chamalú, Lia Diskin, Francisco di Biase, Harbans Lal Arora, Roberto Crema, Lya Diskin, Lydia Rebouças, Ubiratan D’Ambrosio, Stanley Krippner, entre muitos outros, participaram como conferencistas. A programação artístico-cultural ocupou o Centro Cultural Dragão do Mar, com artistas como Elba Ramalho, Fagner, Bené Fonteles, Valter Pini e Marta Aurélia.

IX Congresso Holístico Brasileiro e V Congresso Holístico Pan-americano | 2002

Primeiros congressos do novo milênio, ocorreram entre os dias 22 a 25 de setembro de 2002, em Florianópolis, Santa Catarina, reunindo 1001 participantes. Além do V Encontro Nacional Holístico de Crianças e Jovens, também foram realizados conjuntamente: o Fórum de Psicologia Transpessoal, que uniu pessoas das três Américas e da Europa para refletir sobre os novos rumos da Psicologia; o Fórum de Educação e Transdisciplinaridade, unindo educadores e expoentes da visão transdisciplinar para refletir sobre os paradigmas da educação e compartilhar novas práticas; o I Encontro Latino-Americano de Homens e Mulheres, oportunidade de troca de experiências dos gêneros em busca de inteireza.

No encerramento ocorreu ainda o encontro de homens e mulheres da América Latina por uma Cultura de Paz.

O tema “Reencantamento do Mundo”, foi inspirado nas palavras de Basarab Nicolescu: “é absolutamente necessário explorar a infinita capacidade de deslumbramento da consciência humana para ser possível reencantar o mundo”. Além de Basarab, participaram Rupert Sheldrake, Ubiratan D’Ambrósio, Stanley Krippner, Lucy Penna, Jean Yves Leloup, Susan Andrews, Carminha Levy, Craig Gibsone, May East, Pierre Weil, Roberto Crema, Lúcia Torres, Mauro Pozatti, entre outros.

X Congresso Holístico Internacional | 2004

De 25 de setembro a 02 de outubro de 2004, ocorreu novamente um congresso holístico na comunidade de Findhorn, Escócia, centrado no tema Connectivity and Synchronicity: Building a Global Culture of Peace (Conectividade e Sincronicidade: Construindo uma Cultura Global de Paz).

Contou com a participação de cerca de 250 pessoas, provenientes sobretudo da Europa. Abrilhantaram o evento os palestrantes Ervin Laszlo, Peter Russel, Sister Jayanti, Jean-Yves Leloup, Barney Leith, Pierre Weil, Craig Gibsone, May East, Roberto Crema, Carlos Emediato, Simone Ramounoulou e Frances Rose Feder. Estabeleceu-se uma sinergia entre as Redes da UNIPAZ e a Rede Global de Educação para a Paz – Peace Globalnet – Redepaz, em uma fecunda dinâmica de encontros com parceiros mundiais com base na Europa, sucedidos por Encontros na Ásia (Bangkok), Oriente Médio (Nazareth), África (Accra), América do Norte (Washington) e América do Sul (Foz do Iguaçu).

A UNIPAZ participou como parceira no Encontro de Washington com Seminários de Yves Mathieu (Unipaix France) e Petra Mollet (Unipaix Europe).

XI Congresso Holístico Internacional | 2009

Sediado em Goiânia, entre os dias 04 a 07 de setembro de 2009, com o tema “Manifeste sua Paz”, o XI CHI incluiu em sua programação o II Festival Mundial da Paz e do Encontro de Espiritualidade e Paz. O Congresso foi precedido de uma Caminhada da Chama da Paz, que percorreu os 245 municípios do estado de Goiás, envolvendo todas as prefeituras e contando com grande participação das comunidades escolares. Durante o Congresso, também foram realizados o Fórum de Educação e o Fórum de Meio Ambiente.

Entre os conferencistas, Alexandra Reschke, Carlos Martinez Bouquet, Dulce Magalhães, Eleanor Luzes, Gloria Sobrinho, Içami Tiba, Jorge Ponciano Ribeiro, Kaká Werá, Marco Aurélio Bilibio, Marcos Arruda, Mauricio Andrés, Regina Fittipaldi, Pierre Weil, Roberto Crema, Susan Andrews e Ubiratam D’Ambrosio.

Com 922 inscritos e 382 colaboradores e terapeutas voluntários, o encontro promoveu mais de 9 mil atendimentos gratuitos ao público, incluindo oficinas de meio ambiente, reeducação alimentar, equilíbrio energético, artes expressivas, terapias corporais, autoconhecimento, jogos cooperativos, psicoterapia e dança circular.

XII Congresso Holístico Internacional e Encontro Transdisciplinar Holístico Internacional e-ethi | 2017

Ocorreu no período de 7 e 10 de setembro de 2017, em plena volta ascendente da espiral evolutiva da Universidade, o e-thi marcou um novo tempo de enraizamento, de colheita e de abertura dos horizontes do porvir: UNIPAZ+30! Entre os palestrantes, Roberto Crema, Stanley Krippner, Maria Paula Fidalgo, Lia Diskin, Kaká Werá, Maria Cândida Moraes, Lama Padma Samten, Bené Fonteles, Vera Saldanha, Susan Bello, Lala Deheinzelin. Com conferências, palestras, oficinas, vivências, rodas de conversa, meditações, celebrações e muitos encontros.

XIII CONGRESSO INTERNACIONAL DA UNIPAZ e XI CONGRESSO INTERNACIONAL DA ALUBRAT – 2019

Esse evento nasceu de uma bela conspiração em que juntas, a ALUBRAT e a UNIPAZ realizaram o congresso no período de 18 a 20 de outubro de 2019, em Goiânia/GO. Com o tema Felicidade e Espiritualidade: valores e desafios para o século XXI, o congresso propôs um convite para o resgate da força e do potencial humano como um caminho de volta para si mesmo. O tema Felicidade e Espiritualidade tem sido uma busca incessante do Ser desde os primórdios da humanidade e tem sido um tema atual neste início do século XXI.